O que são PGBL e VGBL ?

Lançados em março de 2002, os VGBLs (Vida Gerador de Benefício Livre) combinam elementos de seguro de vida com outros de previdência e destacam-se pelo tratamento fiscal diferenciado. A grande vantagem deste produto é que ele atinge um número maior de investidores, em comparação ao PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Tendo sido desenvolvido em linha com o PGBL, ele também funciona como um plano de acumulação de longo prazo, onde o investidor define o valor das contribuições mensais, o prazo a partir de qual iniciará o recebimento, enquanto a seguradora, em contrapartida, calcula quanto deve ser o valor do benefício pago em função da projeção de quanto será acumulado no período. Tratamento fiscal diferente dos PGBLs Diante de tantas semelhanças, muitos investidores ainda se confundem, ao tentar escolher entre um e outro. O primeiro ponto a ser levado em consideração é o fato de que o VGBL não goza do mesmo benefício fiscal que o PGBL, pois não é possível efetuar a dedução dos valores de contribuição do imposto devido na época da declaração anual. No PGBL você pode deduzir as contribuições efetuadas ao plano até o limite de 12% da sua renda bruta anual. Porém, esse benefício acaba atingindo apenas quem efetivamente tem imposto a pagar e, portanto, pode se beneficiar da dedução, ou quem declara através do formulário completo, onde é possível discriminar as deduções. Pensando nisto, o VGBL foi desenhado para beneficiar um número maior de investidores do que o PGBL. Desta forma, decidiu-se que no VGBL não seria dada a opção de se deduzir o valor do imposto a pagar. Mas, em contrapartida, o imposto na hora do resgate dos benefícios seria menor. Isto porque, ao contrário do que acontece no PGBL, o imposto a pagar no resgate é calculado somente sobre os rendimentos obtidos, e não sobre o total sacado, como nos demais casos. Mas o VGBL também surge como opção para quem, já tendo superado o teto permitido para dedução das contribuições ao PGBL, ainda deseje investir em previdência para se beneficiar do diferimento fiscal. Neste caso, a partir do momento que as contribuições ao PGBL superarem 12% da renda bruta do investidor, ele poderia complementá-las, com a compra de um VGBL. Escolhendo o plano ideal Com isso fica evidente que, antes de escolher o plano ideal para a sua aposentadoria, é fundamental que você tenha uma boa idéia de como pretende sacar o dinheiro investido depois de se aposentar: se na forma de renda, ou se na forma de um resgate único. Não há dúvida de que o benefício fiscal dos planos de previdência faz com que eles sejam as melhores opções de investimento no longo prazo, pois ao diferir o pagamento de IR você acumula capital mais rapidamente sobre o qual incidem juros. Ou seja, o poder multiplicativo do dinheiro acaba funcionando a seu favor. Entretanto, se você decidir sacar de uma vez só todo o dinheiro acumulado até a sua aposentadoria, poderá se surpreender ao verificar que boa parte desses ganhos será engolida no pagamento de IR sobre o valor sacado. Nesta situação, talvez a melhor opção de previdência fosse um VGBL, pois o menor imposto no resgate compensaria a isenção de IR durante a fase de acumulação. É importante ressaltar que o novo regime tributário, que adota alíquotas de imposto de renda decrescentes, de 35% a 10%, em função do prazo de investimento, pode ser adotado tanto no PGBL quanto o VGBL.

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