Investimentos isentos de Imposto de Renda
LCI. As Letras de Crédito Imobiliário ganharam popularidade nos últimos meses, entre outros motivos, pelo benefício tributário de isenção de IR. São títulos oferecidos pelos bancos lastreados em créditos imobiliários. Esses papéis foram criados inclusive para fomentar este mercado. São um dos meios do banco captar recursos para emprestar. Oferecem como rentabilidade um porcentual do CDI e têm como garantia o próprio emissor (banco) e o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), em até R$ 70 mil. Funciona como se fosse um CDB, mas voltado para o crédito imobiliário e sem IR.
Fundos imobiliários. Outra aplicação atrelada ao mercado imobiliário, os fundos imobiliários são carteiras negociadas na bolsa. A cota pode ser comprada pelo próprio home broker das corretoras. Existem desde fundos que captam recursos para obras até aqueles que fazem a administração de prédios e empreendimentos como shopping centers. Justamente pela variedade de produtos, os especialistas dizem que é preciso ter um cuidado na seleção. Fundos de imóveis inacabados, por exemplo, podem ser mais arriscados. O ganho se dá pela valorização da cota na bolsa.
Poupança. A aplicação mais popular do País perdeu atratividade este ano devido à mudanças nas regras de rentabilidade. Quando o juro básico (Selic) estiver abaixo de 8%, a caderneta irá render 70% da Selic mais a variação da Taxa Referencial (TR), que na prática fica zerada para juros baixos. Apesar disso, ainda é interessante para o dinheiro de emergência e se o investidor estiver em fundos com taxas de administração acima de 1,5%. A poupança também é protegida pelo FGC.
Vendas de até R$ 20 mil em ações. Os pequenos investidores são isentos de Imposto de Renda em ações desde que a venda mensal seja inferior a R$ 20 mil. Ou seja, se em janeiro a pessoa comprou R$ 10 mil em ações e em outubro irá vender essa carteira por R$ 15 mil, não pagará imposto sobre só R$ 5 mil de lucro. Vale lembrar que no primeiro semestre o mercado acionário não teve bom desempenho. Agora ensaia uma recuperação, mas continua sendo indicado para quem aceita correr risco e pensa em investir no longo prazo.
Ouro. Tem a mesma regra de isenção válida para ações. No Brasil, é possível investir em ouro de duas maneiras. A primeira é via BM&FBovespa e exige cadastro em corretora. O investidor não precisa receber as barras. Pode apenas negociar os contratos e manter o metal sob os cuidados de um custodiante. Quando o ouro é negociado como ativo financeiro, o ganho de capital estará isento de Imposto de Renda sempre que o valor total de venda dos contratos não superar 20.000 reais em um único mês. A regra é a mesma existente para a negociação de ações por pessoas físicas. A isenção não vale, entretanto, para a compra de ouro no mercado de balcão, em que as barras são efetivamente compradas e há entrega física do metal. Com alta acumulada de 27% neste ano, o ouro negociado na BM&FBovespa superou todos os outros investimentos financeiros no Brasil. A cotação tem subido ao redor do mundo porque atualmente os investidores buscam formas de se proteger da desvalorização do dólar. Momentos de inflação alta, instabilidade política ou guerras também costumam levar a um aumento da demanda pelo metal.
Debêntures de infraestrutura. Estes papéis representam a dívida de uma empresa com o investidor. A diferença para uma debênture comum é que nas de infraestrutura o dinheiro captado na emissão do papel deve ser utilizado especificamente para projetos nesta área. As primeiras ofertas já estão em andamento e em outubro estas debêntures devem começar a ser negociadas. O risco da aplicação consiste em a empresa não conseguir pagar a dívida na data do vencimento. Além disso, apesar do mercado secundário ter evoluído bastante ainda não é tão líquidopara alguns papeis. Assim, se quiser vender uma debênture pode muitas vezes ter q desvalorizá-la demais para conseguir.
Comentários